terça-feira, 2 de outubro de 2012

Reforma Protestante (Estudo Dirigido)

A venda de indulgências, pintura de Augsburg, cerca de 1530.

 No séc. XVI, surgiram várias Igrejas Protestantes na Europa. Os motivos pelos quais elas surgiram foram muitos, variando de país para país. Entre as principais questões que caracterizaram o processo de reformas religiosas podemos destacar:

1) Questões religiosas:

A Igreja Católica vinha, desde o final da Idade Média, perdendo sua identidade. Gastos com luxo e preocupações materiais estavam tirando o objetivo católico dos trilhos. Muitos elementos do clero estavam desrespeitando as regras religiosas, principalmente o que diz respeito ao celibato. Padres que mal sabiam rezar uma missa e comandar os rituais, deixavam a população insatisfeita. Além disso, práticas como venda de indulgências (perdão) e de relíquias sagradas, desmoralizavam ainda mais o clero.

2) Questões econômicas:

A burguesia comercial, em plena expansão no século XVI, estava cada vez mais inconformada, pois os clérigos católicos estavam condenando seu trabalho. O lucro e os juros, típicos de um capitalismo emergente, eram vistos como práticas condenáveis pelos religiosos.
Por outro lado, o papa arrecadava dinheiro para a construção da basílica de São Pedro em Roma, com a venda das indulgências e relíquias sagradas, assim como era dona de bens e terras.

3) Questões políticas:

No campo político, os reis estavam descontentes com o papa, pois este interferia muito nos comandos que eram próprios dos Estados.

4) Questões culturais:

O novo pensamento renascentista também fazia oposição aos preceitos da Igreja. O homem renascentista, começava a ler mais e formar uma opinião cada vez mais crítica. Trabalhadores urbanos, com mais acesso a livros, começaram a discutir e a pensar sobre as coisas do mundo. Um pensamento baseado na ciência e na busca da verdade através de experiências e da razão.

- As “reformas” na Europa

*A Reforma Luterana

Local: Sacro Império Romano Germânico (Alemanha)
Formulador: Martinho Lutero
Questão principal da reforma: religião
Apoio: nobreza

 O monge alemão Martinho Lutero foi um dos primeiros a contestar fortemente os dogmas da Igreja Católica. Afixou na porta da Igreja de Wittenberg as 95 teses que criticavam vários pontos da doutrina católica (1517).
As 95 teses de Martinho Lutero condenava a venda de indulgências e propunha a fundação do luteranismo ( religião luterana ). De acordo com Lutero, a salvação do homem ocorria pelos atos praticados em vida e pela fé. Em suas teses, condenou ainda o culto à imagens e revogou o celibato. 
Embora tenha sido contrário ao comércio, teve grande apoio dos reis e príncipes da época. Os nobres alemães temiam que Carlos V (Rei da Espanha) colocasse em prática o seu projeto expansionista de anexar a Alemanha.

*A Reforma Anabatista

Local: Sacro Império Romano Germânico (Alemanha)
Formulador: Tomas Müntzer
Questão principal da reforma: econômica e social
Apoio: camponeses

Este movimento se caracteriza por ser social-religioso. Contra os luxos da Igreja Católica, os anabatistas defendiam a distribuição de terras e riquezas dos nobres aos mais pobres. Eram contrários ao batismo no nascimento.
Formado por pobres camponeses, os anabatistas foram massacrados pelos nobres alemães luteranos.

*A Reforma Calvinista

Local: França
Formulador: João Calvino
Questão principal da reforma: econômica
Apoio: burguesia

Em 1534, João Calvino se tornou simpatizante do luteranismo e liderou a reforma protestante na França, com peculiaridades bem marcantes. De acordo com Calvino, a salvação da alma ocorria pelo trabalho justo e honesto. Essa idéia calvinista, atraiu muitos burgueses e banqueiros que não se sentiam à vontade com a condenação do lucro feita pelo catolicismo. Muitos trabalhadores também viram nesta nova religião uma forma de ficar em paz com sua religiosidade.
Calvino elaborou a teoria da predestinação que a grosso modo, significa que alguns homens nascem predestinados a trabalhar duro e vencer na vida, numa clara demonstração de apoio a burguesia e ao lucro.
Os calvinistas tinham regras de conduta muito rígidas. Condenavam por exemplo, bebidas alcoólicas, música alta, roupas pouco recatadas e gastos fúteis.

*A Reforma Anglicana

Local: Inglaterra
Formulador: Henrique VIII
Questão principal da reforma: política
Apoio: nobreza

Na Inglaterra, o rei Henrique VIII rompeu com o papado, após este se recusar a cancelar o seu casamento. Casado com Catarina de Aragão (Espanha), Henrique VIII não tinha mais interesses de manter o casamento, visto que a Espanha se apresentava como principal concorrente da Inglaterra no comércio ultramarino. Henrique VIII funda assim, o anglicanismo que aumenta seu poder e suas posses, já que retirou da Igreja Católica uma grande quantidade de terras.


  Na prática, os princípios do anglicanismo pouco se diferenciam dos do catolicismo.

- A Contra-Reforma

Preocupados com os avanços do protestantismo e com a perda de fiéis, bispos e papas reúnem-se através do Concílio de Trento(1545-1563) com o objetivo de traçar um plano de reação. No Concílio de Trento ficou definido: 

- Criação da Cia. De Jesus para catequização dos habitantes de terras recém-descobertas (Novo Mundo).
- Retomada do Tribunal do Santo Ofício (Inquisição)1
- Criação do Index – listagem de livros proibidos.
- Moralização do clero, fim das indulgências e criação de seminários.

Intolerância

Em muitos países europeus as minorias religiosas foram perseguidas e muitas guerras ocorreram, frutos do radicalismo. A Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), por exemplo, colocou católicos e protestantes em guerra na Alemanha, entendendo o conflito por várias partes da Europa. Na França, o rei mandou assassinar milhares de calvinistas (chamados huguenotes na França) na chamada Noite de São Bartolomeu (1542). Na América, índios forma obrigados a se converter ao catolicismo. Milhares de protestantes se aventuraram rumo ao Novo Mundo (especialmente América do Norte) para fugir do Tribunal do Santo Ofício.
1 

Renascimento (Estudo Dirigido)


               

      Ao final da Idade Média a Europa passa por profundas transformações. A imprensa é aperfeiçoada permitindo maior divulgação dos livros; a expansão marítima é impulsionada graças ao desenvolvimento da construção naval e à invenção da bússola.
O Renascimento Comercial diminui consideravelmente a importância da economia baseada exclusivamente na agricultura. As cidades portuárias crescem, atraindo camponeses. Criam-se novas profissões e pequenas indústrias artesanais começam a se desenvolver.
        Uma nova classe social emerge nas pequenas cidades (burgos), composta por mercadores, comerciantes e artesãos (burgueses) as quais passam a desafiar o poder dos nobres.
        O espírito medieval, baseado na hierarquia nobreza – clero – povo, começa a se desestruturar e o homem preso ao feudo e ao senhor adquire nova consciência. Diante do progresso, percebe-se como força criadora capaz de influir nos destinos da humanidade, descobrindo, conquistando e transformando o Universo.
          O homem descobre o homem. A idéia de que o destino estava traçado por forças superiores, a qual caracteriza a homem como ser passivo, vai sendo substituída pela crença de que ele é o mentor de seu próprio destino. O misticismo medieval começa a desaparecer, e o Teocentrismo (Deus no centro) cede lugar ao Antropocentrismo (homem no centro).
Ocorreram nesse período muitos progressos e incontáveis realizações no campo das artes, da literatura e das ciências, que superaram a herança clássica. O ideal do humanismo foi sem duvida o móvel desse progresso e tornou-se o próprio espírito do Renascimento.
No entanto, é importante salientar que as mudanças verificadas a partir do séc. XV não aconteceram de uma “hora para outra” e sim, lentamente. O homem moderno começava a surgir sem que eles próprios se dessem conta das mudanças que estavam promovendo. Trata-se de uma mudança de longa duração.

 - O Renascimento
Renascimento é o nome que se dá a um grande movimento de mudanças culturais, que atingiu as camadas urbanas da Europa Ocidental entre os séculos XIV e XVI, caracterizado pela retomada dos valores da cultura greco-romana, ou seja, da cultura clássica. As bases desse movimento eram proporcionadas por uma corrente filosófica reinante, o humanismo, que descartava a escolástica medieval, até então predominante, e propunha o retorno às virtudes da antiguidade. Platão, Aristóteles, Virgílio, Sêneca e outros autores greco-romanos começam a ser traduzidos e rapidamente difundidos.
Mas atenção!!! O Renascimento não era um movimento organizado! Na realidade, este momento da história só foi assim batizado por historiadores no séc. XIX.

 - Itália: o “berço” do Renascimento

Motivos:

1) Políticos: A região italiana, diferente de outros Estados que vinham se formando na Europa neste período, era dividida em cidades-estados independentes. Este fato sem dúvida, significava mais liberdade para aqueles que ali resideiam/ circulavam.

2) Econômicos: A profunda atividade comercial da região, acabava reunindo um grande número de pessoas provenientes de várias partes da Europa e do Oriente, proporcionado assim, não só uma grande circulação de mercadorias, mas também de hábitos, conhecimento e cultura.
3) Sociais: Devido ao comércio intenso na regisão, verificamos a formação de uma camada burguesa enriquecida e que necessitava de reconhecimento social. O comércio comandado pela burguesia foi responsável pelo desenvolvimento urbano, e nesse sentido, responsável por um novo modelo de vida, com novas relações sociais onde os homens encontram-se mais próximos uns dos outros. Dessa forma podemos dizer que a nova mentalidade da população urbana representa a essência dessas mudanças.

4) Culturais: A existência de diversas obras clássicas na região, assim como a influência dos "sábios bizantinos", homens oriundos principalmente de Constantinopla, conhecedores da língua grega e muitas vezes de obras clássicas.

- Características

 * Valorização da Razão
 * Antropocentrismo
 * Valorização da natureza
 * Valorização da cultura greco-romana (classicismo)
 * Observação
* Hedonismo (valorização do prazer de viver)

-
A Produção Renascentista
A Renascença encontra expressão nas artes plásticas, literatura, teatro e até na ciência. Eram artistas, cientistas, historiadores e contavam até com membros da Igreja Católica. Eram protegidos pelos mecenas, homens ricos que davam as condições materiais para a produção das novas obras. O investimento do mecenas era recuperado com o prestígio social obtido, fato que contribuía com a divulgação das atividades de sua empresa ou instituição que representava. A maioria dos mecenas italianos eram elementos da burguesia, homens enriquecidos com o comércio local.
* Alguns nomes responsáveis pela divulgação das novas idéias:
Na pintura: Leonardo da Vinci (1452-1519), Rafael Sanzio (1483-1520), Michelangelo (1475-1564), Ticiano (1490-1576).
Na literatura: Farnçois Rabelais (1494-1553), Tomas Morus (1478-1535), Shakespeare (1564-1616), Camões (1524-1580), Erasmo de Roterdã (1466-1536), Miguel de Cervantes (1547-1616).
Na ciência: Da Vinci, Copérnico (1473-1543), Giordano Bruno (1548-1600), Galileu (1564-1642)


domingo, 30 de setembro de 2012

Mercantilismo (Estudo Dirigido)


Mercantilismo
      Podemos definir o mercantilismo como sendo a política econômica adotada na Europa durante o Antigo Regime. Além do forte poder político e rigidez social operada pelos governos absolutistas, observamos também uma forte intervenção no campo econômico. O objetivo principal destes governos era alcançar o máximo possível de desenvolvimento econômico, através do acúmulo de riquezas. Quanto maior a quantidade de riquezas dentro de um reino, maior seria seu prestígio, poder e respeito internacional.

- Definição básica do conceito de Mercantilismo: É a intervenção do Estado na economia.

- Características do Mercantilismo:

·        Protecionismo Alfandegário: Os reis criavam altas taxas alfandegárias para evitar ao máximo a entrada de produtos vindos do exterior. Era uma forma de estimular a indústria nacional e também evitar a saída de moedas para outros países. Essa política acabou gerando um nacionalismo econômico exacerbado, que se tornou uma das principais causas das guerras permanentes entre as grandes potências européias nos Tempos Modernos.

·        Balança Comercial Favorável : Significa em tese, exportar mais e importar menos. Desta forma, entraria mais moedas do que sairia, deixando o país em boa situação financeira.

·        Pacto Colonial: Consistia no comércio entre metrópole e a colônia baseado num sistema de monopólio comercial também chamado de exclusivo metropolitano. A metrópole adquiria da colônia produtos tropicais e exportava para esta artigos manufaturados, obtendo, naturalmente, sempre uma balança de comércio favorável.

·        Monopólios Reais: Tratava-se da venda de concessões comerciais. O Rei autorizava a exploração comercial de um determinado burguês em uma cidade de seu reino. Lá, o burguês teria exclusividade comercial da manufatura, estando livre de qualquer tipo de concorrência. Em troca, o Rei recebia o pagamento pela venda deste monopólio. 

- Modalidades do Mercantilismo:

·        Metalismo (bulionismo): Baseava-se na tese de que a riqueza de um país dependeria de sua capacidade de acumular metais preciosos. Assim, quanto mais ouro e prata possuísse o país, mais rico e poderoso seria Os metais preciosos permitiriam ao governo comprar armas, contratar soldados, construir navios, pagar funcionários e custear as guerras. O caso espanhol demonstrou, entretanto, o quanto era enganosa a política metalista. A Espanha era, no século XV o país mais rico da Europa em conseqüência do ouro e da prata oriundos de suas colônias da América. O atraso do comércio das manufaturas e da agricultura espanholas, entretanto, obrigavam a Espanha a importar de outros países europeus a quase totalidade das mercadorias necessárias ao seu consumo. Como essas importações eram pagas em ouro e prata, os metais preciosos que chegavam à Espanha eram, em seguida, desviados para o resto da Europa. A Espanha tornou-se, assim, a “garganta por onde passava o ouro para o estômago de outros países mais desenvolvidos do ponto de vista comercia e industrial, como a França, a Inglaterra e a Holanda”.

·        Industrialismo: O industrialismo chegou ao apogeu na França com o mercantilismo de Colbert, ministro de Luís XIV. De acordo com as concepções de sua época, Colbert buscou fazer a riqueza da França com a acumulação de metais preciosos obtidos através de uma balança comercial favorável. Para isso, procurou tornar o país economicamente auto-suficiente, proibindo as importações e incentivando as exportações. Sua política econômica consistia em acelerar o desenvolvimento industrial da França através da criação das manufaturas reais, da concessão de monopólios estatais, da subvenção à produção de artigos de luxo, da criação de grandes companhias comerciais, da conquista de colônias e do fomento ao crescimento da marinha mercante. O mercantilismo francês ficou conhecido também como colbertismo.

         Comercialismo: O comercialismo originou-se na Inglaterra, cujo desenvolvimento manufatureiro e poderio naval impulsionaram, sobretudo no século XVII, a expansão do comércio exterior. Os navios da marinha mercante distribuíam no mercado mundial os tecidos produzidos pelas manufaturas inglesas, possibilitando ao país o acúmulo de metais preciosos através da manutenção de uma balança comercial favorável. Reproduzimos o trecho de um documento do século XVI que sintetiza a concepção do comercialismo inglês: “A única maneira de fazer com que muito ouro seja trazido de outros remos para o tesouro real é conseguir que grande quantidade de nossos produtos seja levada além dos mares, e menor quantidade de seus produtos seja para cá transportada...”.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

A Odisseia

Olá alunos do 6º ano!

Que tal abrirmos aqui uma sessão de debates sobre o filme que estamos assistindo na escola, A Odisseia?

Para àqueles mais ansiosos que estão loucos para ver até o final do filme, ele segue abaixo. Em seguida, você está convidado a postar suas impressões, comentários, críticas, etc. do filme. Participe!



domingo, 24 de junho de 2012

Astecas e Incas

Atenção alunos do 7º ano! Segue abaixo os vídeos da série "Grandes Civilizações" sobre os índios da América pré-colombiana (Astecas e Incas) que assistimos no auditório. Assistam, estudem, aproveitem!

ASTECAS

Imagem de Xipe Totec no calendário Tonalamalt de 260 dias


INCAS

Inti (deus Sol), protetor da casa real dos Incas


quarta-feira, 13 de junho de 2012

Hebreus e Persas

Atenção alunos do 6º ano! Segue abaixo os vídeos da série "Grandes Civilizações" que assistimos no auditório. Estudem, assistam, aproveitem!
Hebreus

cultura e história dos hebreus
Moisés recebendo os Dez Mandamentos




Persas

imperador dos persas - história
Ciro, Imperador persa








sábado, 26 de maio de 2012

Luzia: a primeira brasileira


A primeira brasileira

A reconstituição de um crânio
de 11 500 anos, o mais antigo
da América, revoluciona as teorias
sobre a ocupação do continente
Daniel Hessel Teich

A reconstrução, passo a passo

Fotos: Jean-Claude Bragard/BBC
FÓSSIL COPIADO  O crânio de Luzia, exposto no Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, foi submetido a uma tomografia por uma equipe de pesquisadores ingleses. As imagens foram processadas emcomputador e o crânio foireconstruído de material sintéticoFACE DE ARGILA O novo crânio foi levado paraManchester, onde Richard Neave refez com argila a face de Luzia. Para modelar oqueixo e as bochechas usou camadas de massa que variaram entre 15 e 20 milímetros
A SURPRESA  O resultado foi umafisionomia com traços negróides. Luzia tinha olhos arredondados, nariz largo e queixo bastante proeminente. Detalhes como lábios e orelhas foram concebidos por aproximação com os tipos negróides atuais(africanos e aboríginesaustralianos)

Fonte:  http://veja.abril.com.br/250899/p_080.html
Alunos do 6º ano, postem aqui as suas descobertas sobre Luzia, o fóssil mais antigo encontrado nas Américas.
Para instigá-los ainda mais em suas buscas, assista os vídeos produzidos pela FAPESP sobre o sítio arqueológico de Pedro Leopoldo, em Lagoa Santa - MG, local onde Luzia foi encontrada. É interessante observar o trabalho minucioso dos arqueólogos. Confira!
http://www.youtube.com/watch?v=E62js1eT2t8
 http://www.youtube.com/watch?v=lV87WiG6vs4

quinta-feira, 10 de maio de 2012

As Mil e Uma Noites


 

        Quem nunca ouviu falar nas “Mil e uma Noites”? Você sabe o que essa expressão significa?
        As Mil e uma Noites é o título de uma das mais famosas obras da literatura árabe, é composta por uma coleção de contos escritos entre os séculos XIII e XVI.
O que deixa o leitor interessado em ler todos os contos é o fato deles serem interligados, isto é, um é complemento do outro. A obra conta a história do rei Périsa, da Pérsia, que traído pela esposa mandou matá-la, desse momento em diante decidiu passar cada noite com uma mulher diferente, que era degolada na manhã seguinte. Dentre as várias mulheres que desposou, Sherazade foi a mais esperta, iniciou um conto que despertou o interesse do rei em ouvir a continuação da história na noite seguinte.
        Com sua esperteza, Sherazade escapou da morte e, para continuar vivendo, escreveu mil e uma noites. As Mil e uma Noites se tornou conhecida no ocidente a partir de 1704, graças ao orientalista francês Antoine Galland. O livro passou por diversas adaptações, a versão atual se baseia nas traduções de Sir Richard Burton e Andrew Lang, nessa as cenas mais “ardentes” foram eliminadas ou modificadas, ganhando um contexto menos sexual.
       Praticamente todas as histórias se passam na região que corresponde ao Egito e a Pérsia.
Bibliografia: PERCILIA, Eliene. Equipe Brasil Escola. http://www.brasilescola.com/curiosidades/as-mil-uma-noites.htm

Alunos do 7º ano, postem aqui uma das histórias das mil e uma noites. Não esqueçam de indicar a bibliografia. Bos estudos e pesquisas!

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Roma Antiga (1º ano)

Alunos da 1003 (Ciep 246)


Acessem o link abaixo que vocês terão acesso ao conteúdo para a prova sobre Roma Antiga.
Nos dois primeiros links, você encontrará textos; nos dois últimos, vídeos.
Lembrem-se que é fundamental estudar pela matéria do caderno. Este material é uma complementação

http://www.suapesquisa.com/imperioromano/

http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/adrienearaujo/historia004.asp

http://www.youtube.com/watch?v=2VF_pXPpgZM

http://www.youtube.com/watch?v=JRW4R7G7kJc&feature=relmfu

Lucy (australopithecus afarensis): uma ancestral muito, muito antiga



Há 4 milhões de anos, Lucy caminhava pela região onde hoje é a Etiópia (no continente africano) em busca de alimentos para os si e para os seus filhos. Eram tempos difíceis e a sua inteligência ainda era limitada (Lucy tinha um volume craniano de 500 centímetro cúbicos; o homem moderno chega a 1300 centímetros cúbicos). Lucy cresceu, viveu e morreu . Suas ossadas foram encontradas em 1974 pelo antropólogo americano Donald Johanson, enaquanto ouvia a música "Lucy in the sky with diamonds", dos Beatles (por isso recebeu este nome). Mas, passados quase 40 anos depois da sua descoberta, será que Lucy ainda está sozinha? Ou será que novas descobertas foram feitas sobre os contemporâneos de Lucy? Alunos do 6º ano, postem aqui as suas "descobertas" sobre o assunto. Só não esqueçam de colocar referência bibliográfica sobre o assunto, ok?


Vídeo (em espanhol) intitulado "Australopithecus: a história de Lucy" : http://www.youtube.com/watch?v=w_wvGfsz60s (Apesar de estar em espanhol, vale à pena pelas imagens) 
Clipe da música "Lucy in the sky with diamonds", dos Beatles: http://www.youtube.com/watch?v=A7F2X3rSSCU

quinta-feira, 5 de abril de 2012

CHARLES DARWIN (1809-1882)


CHARLES DARWIN (1809-1882)


"Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças". Com esta frase, Charles Darwin sintetiza o conteúdo central de sua obra seminal a "Origem das espécies", livro que revolucionou o campo científico no séc. XIX e inspirou a produção científica do séc. XX, sendo uma referência fundamental até os dias de hoje.

Alunos do 6º ano, postem aqui o resultado das suas pesquisas sobre a vida e a obra de Darwin . Sejam criteriosos em suas buscas e não esqueçam de inserir a bibliografia (fonte) da sua pesquisa.

Para "esquentar" as baterias, posto abaixo três links. 

Este primeiro, vai levá-los a exposição "Caminhos de Darwin", realizada pela Casa da Ciência. No site, você encontrará textos sobre as expedições científicas de Darwin, bem como um roteiro dos lugares pelos quais ele passou. 

O segundo, refere-se a uma crítica do filme "Criação", que conta um pouco da vida pessoal e dos caminhos tortuosos que o cientista precisou percorrer para defender as suas ideias científicas.


O terceiro, é especialmente destinado para àqueles mais curiosos, que me perguntaram em sala de aula se o livro a "Origem das espécies" estava disponível on line ou em livrarias. Então, eis o link para ter acesso ao livro na íntegra.

domingo, 25 de março de 2012

Contos medievais


Alunos do 7º ano,

Depois da grande repercussão da história da Chapeuzinho Vermelho contada em sala de aula, segue aqui um link de acesso para um trecho do livro "O grande massacre dos gatos" (Graal, 1996, p. 21-191) do historiador norte-americano Robert Darnton, que pesquisou esta e outras histórias que os camponeses contavam na Idade Média.
O texto tem linguagem acadêmica e portanto, não é de fácil compreensão para alunos do 7º ano. E não poderia ser diferente, não é mesmo? Mas, para àqueles que quiserem se aventurar, uma boa leitura!

http://www.cefetsp.br/edu/eso/patricia/historiascontosgatos.html

sábado, 10 de março de 2012

Estudo Dirigido - Idade Média e Feudalismo (7º ano)


IDADE MÉDIA E FEUDALISMO

Idade Média: De acordo com a linha do tempo tradicional, este período que tem inicio com as invasões bárbaras no século V sobre o Império Romano do Ocidente e fins em meados do séc. XV, com o fim do Império Romano do Oriente. A Idade Média divise-se em dois períodos: Alta Idade Média (séc. V-XI) e Baixa Idade Média (séc. XI-XV). Em grande parte deste período vigorou na Europa um sistema denominado Feudalismo.

Conceito de feudalismo: sistema político, econômico e social que vigorou na Idade Média no qual exercia o poder quem tinha a posse do feudo.

Feudo: Reinos compostos por grandes propriedades rurais.

Estrutura Política do Feudalismo: Prevaleceram na Idade Média as relações de suserania e vassalagem. O suserano (Rei) era quem doava um lote de terra ao vassalo (nobres cavaleiros), sendo que este último deveria prestar fidelidade e proteção ao seu suserano. As redes de vassalagem se estendiam por várias regiões, sendo o suserano mais poderoso.


Sociedade feudal: A sociedade feudal era praticamente estática (com pouca mobilidade social) e hierarquizada (rigidamente dividida em classes). A nobreza feudal (senhores feudais, cavaleiros, reis, etc.) era detentora de terras e arrecadava impostos dos camponeses. O clero (membros da Igreja Católica) tinha um grande poder, pois era responsável pela proteção espiritual da sociedade. Era isento de impostos e arrecadava o dízimo. A terceira camada da sociedade era formada pelos servos (camponeses) e pequenos artesãos. Os servos deviam pagar várias taxas e tributos aos senhores feudais, tais como: corvéia (trabalho de 3 a 4 dias nas terras do senhor feudal), talha (metade da produção), banalidade (taxas pagas pela utilização do moinho e forno do senhor feudal).

Economia feudal: A economia feudal baseava-se principalmente na agricultura. Existiam moedas na Idade Média, porém eram pouco utilizadas. As trocas de produtos e mercadorias eram comuns na economia feudal. O feudo era a base econômica deste período, pois quem tinha a terra possuía mais poder. O artesanato também era praticado na Idade Média. A produção era baixa, pois as técnicas de trabalho agrícola eram extremamente rudimentares. O arado puxado por bois era muito utilizado na agricultura.

Religião: Na Idade Média, a Igreja Católica dominava o cenário religioso. Detentora do poder espiritual, a Igreja influenciava o modo de pensar e as formas de comportamento na Idade Média. A igreja também tinha grande poder econômico, pois possuía terras em grande quantidade e até mesmo servos trabalhando (alto clero). Existiam também àqueles monges da Igreja que pregavam uma vida simples, sem luxos (baixo clero). Os chamados monges copistas passavam grande parte do tempo rezando e copiando livros e a Bíblia.
            O Tribunal da Santa Inquisição ou Tribunal do Santo Ofício foi um tribunal da Igreja Católica fundado pelo Papa Gregório IX, no séc. XIII. A Inquisição julgou, condenou, torturou, prendeu e mandou para a fogueira milhares de pessoas que eram consideradas hereges (praticante de heresias; doutrinas ou práticas contrárias ao que é definido pela Igreja Católica) por praticarem atos considerados bruxaria, heresias (ciência, alquimia, tradições bárbaras, etc.) ou simplesmente por serem praticantes de outra religião que não o catolicismo (judaísmo, por exemplo).
No século XI, os muçulmanos conquistaram a cidade sagrada de Jerusalém. Diante dessa situação, o papa Urbano II convocou a Primeira Cruzada (1096), com o objetivo de expulsar os "infiéis" (árabes) da Terra Santa.  Essas batalhas, entre católicos e muçulmanos, duraram cerca de dois séculos, deixando milhares de mortos e um grande rastro de destruição. Ao mesmo tempo em que eram guerras marcadas por diferenças religiosas, também possuíam um forte caráter econômico. Muitos cavaleiros cruzados, ao retornarem para a Europa, saqueavam cidades árabes e vendiam produtos nas estradas, nas chamadas feiras e rotas de comércio. De certa forma, as Cruzadas contribuíram para o renascimento urbano e comercial a partir do século XIII. Após as Cruzadas, o Mar Mediterrâneo foi aberto para os contatos comerciais.

Exercícios

      1) Situe cronologicamente o período da Alta e da Baixa Idade Média.
      2)  Defina: a) Feudo
                   b) Feudalismo
                   c) Suserano
                   d) Vassalo
3) Explique no que consistia o pacto de vassalagem.
4) Faça uma pirâmide representando as classes existentes na Europa feudal (clero, nobreza e servos)
5) Qual era o argumento usado pela Igreja católica para justificar a rígida divisão de classes?
6) Caracteriza a vida dos camponeses no feudo.
7) O que era o Tribunal da Santa Inquisição? Quem ele perseguia?
8) Explique o que foram as Cruzadas. 

Grécia Antiga 1º ano

Caros alunos da turma 1003 do CIEP 246 Adalgisa Cabral,

Este texto, adaptado do site Educação UOL, refere-se ao conteúdo de Grécia Antiga que trabalhamos em sala. Aproveitem a leitura e bons estudos!


GRÉCIA ANTIGA

A importância de se conhecer a Grécia da Antigüidade (que se desenvolveu entre 2000 a.C. e 500 a.C.) é que a herança de sua cultura atravessou os séculos, chegando até os nossos dias. Foram influências no campo da filosofia, das artes plásticas, da arquitetura, do teatro, enfim, de muitas idéias e conceitos que deram origem às atuais ciências humanas, exatas e biológicas. 
No entanto, não podemos confundir a Antigüidade grega com o país Grécia que existe hoje. Os gregos atuais não são descendentes diretos desses povos que começaram a se organizar a mais de quatro mil anos atrás. Muita coisa se passou entre um período e outro e aqueles gregos antigos perderam-se na mistura com outros povos. Depois, a Grécia antiga não formava uma nação única, mas era composta de várias cidades, que tinham suas próprias organizações sociais, políticas e econômicas.
Apesar dessas diferenças, os gregos tinham uma só língua, que, mesmo com seus dialetos, podia ser entendida pelos povos das várias regiões que formavam a Grécia. Esses povos tinham também a mesma crença religiosa e compartilhavam diversos valores culturais. Assim, os festivais de teatro e os campeonatos esportivos, por exemplo, conseguiam reunir pessoas de diferentes lugares da Hélade, como se chama o conjunto dos diversos povos gregos.

Cidades-Estados
               
                Essa Grécia de 4.000 anos atrás era formada por ilhas, uma península e parte do continente europeu. Compunha-se de várias cidades, com seus Estados próprios, que eram chamadas de cidades-Estados. Essas cidades localizavam-se ao sul da Europa, nas ilhas entre os mares Egeu e Jônio. Algumas das cidades gregas de maior destaque na Antigüidade foram Atenas, Esparta, Corinto e Tebas.
                Essas cidades comercializavam e ao mesmo tempo guerreavam entre si. As guerras eram motivadas pelo controle da região e para se conseguir escravos, os prisioneiros de guerra, que moviam grande parte da economia daquelas sociedades.
                Afora os escravos e os pequenos proprietários, havia os cidadãos propriamente ditos, naturais da cidade e proprietários de terras, que tinham direitos políticos e podiam se dedicar a atividades artísticas, intelectuais, guerreiras e esportivas. Isso indica que as pessoas com mais prestígio e propriedade cuidavam exclusivamente do aprimoramento do corpo e da mente. Os mais pobres e os escravos eram quem movimentava a economia, fazendo o trabalho braçal, considerado, então, como algo desprezível.

Sociedade espartana


                As cidades-Estado sobre as quais sobreviveram mais informações são Atenas e Esparta. Essas sociedades eram, aliás, bem diferentes e freqüentemente lutaram uma contra a outra. A sociedade espartana era considerada rígida (nos dias de hoje, quando queremos dizer que alguma coisa ou pessoa é muito cheia de regras, fechada, dizemos que é "espartana"). Em Esparta, os homens viviam para a vida militar.
                Eles só podiam casar depois de terem sido educados pelo Estado, em acampamentos coletivos, onde viviam dos 12 até os 30 anos. Para o governo, existiam os conselhos de velhos, que controlavam a sociedade e definiam as leis. As mulheres espartanas cuidavam da casa e tinham também uma vida pública: administravam o comércio na ausência dos homens.

Atenas e a democracia


                Já Atenas, que foi considerada o exemplo mais refinado da cultura grega, teve seu apogeu cultural e político no século 5 a.C. Na sociedade ateniense, diferentemente de Esparta, as decisões políticas não estava nas mãos de um conselho, mas sim no governo da maioria, a democracia. Dentro desse sistema, todos os cidadãos podiam representar a si mesmos (não precisavam eleger ninguém) e decidir os destinos da cidade. Ao mesmo tempo em que Atenas abria o espaço para os cidadãos, reservava menor espaço para as mulheres do que na sociedade espartana. Em Atenas, as mulheres, assim como os escravos, não eram consideradas cidadãs.

Os jogos olímpicos


                De tempos em tempos, as civilizações que surgiram após os gregos - inclusive a nossa - voltam seus olhos para essa cultura tão antiga, chegando mesmo a retomar alguns de seus costumes. Assim aconteceu, por exemplo, com os Jogos Olímpicos. Essa atividade ganhou importância no mundo ocidental na primeira metade do século 20, como uma forma de celebrar pacificamente a rivalidade entre os países que se confrontaram em duas Guerras Mundiais. Na verdade, as Olimpíadas foram reinventadas no final do século 19, ou seja, mais de 2.000 anos depois de terem sido extintas.
                Na Grécia Antiga, os jogos olímpicos eram um ritual de homenagem a Zeus (o deus máximo de uma religião com muitos deuses). Esses jogos realizavam-se na cidade de Olímpia e envolviam todas as cidades-Estados da Hélade em várias competições de atletismo. Dentre as modalidades de esporte que se praticavam havia a corrida, a luta livre, o arremesso de discos, salto e lançamento de dardos. Os vencedores voltavam às suas cidades com uma coroa de folhas de oliveira e um imenso prestígio.

Mitologia grega

                É interessante começar dizendo que os gregos não acreditavam que o universo tivesse sido criado pelos deuses. Ao contrário, eles acreditavam que o universo criara os deuses. Antes de mais nada, existiam o Céu e a Terra, que geraram os Titãs, também chamados de deuses antigos. O mais importante deles foi Cronos (ou Saturno, para os romanos), que reinou sobre todos os outros. No entanto, o Destino - uma entidade à qual os próprios deuses estavam submetidos - determinara que Cronos seria destronado por um de seus filhos. Por isso, mal eles saíam do ventre materno, Cronos os devorava. 
                Réia, sua mulher, resolveu salvar seu último filho, escondendo-o do marido. Este filho, Zeus, cumpriu a profecia, destronou Cronos e retirou de seu estômago todos os irmãos que haviam sido devorados. Com eles, Zeus passou a reinar sobre o mundo, de seu palácio no topo do monte Olimpo. A corte de Zeus era formada por outros onze deuses, seus irmãos, sua esposa e seus filhos, como se vê no quadro que segue:

Os doze deuses olímpicos
Nome grego
Nome latino
Características
Zeus
Júpiter
Era o senhor do céu, o deus das nuvens e das chuvas, e tinha no raio a sua maior arma. No entanto, não era onipotente. Era possível opor-se a ele ou mesmo enganá-lo.
Poseidon
Netuno
Irmão de Zeus, era o senhor do mares e ocupava o segundo lugar na hierarquia do Olimpo.
Hera
Juno
Irmã e mulher de Zeus. Era a protetora dos casamentos. Muito ciumenta, vingava-se sempre dos constantes relacionamentos adúlteros do marido.
Hades
Plutão
Dominava o mundo subterrâneo, onde habitavam os mortos: o Tártaro, onde eram punidos os vilões, o Elíseo, onde eram recompensados os heróis.
Palas Atena
Minerva
Gerada da cabeça de Zeus, era sua filha favorita e a deusa da sabedoria.
Apolo
Febo
Filho de Zeus e Leto, era identificado com o Sol e considerado o deus da música e da cura - artes que ensinou aos homens
Ártemis
Diana
Irmã gêmea de Apolo, era a deusa da caça e da castidade.
Afrodite
Vênus
Deusa do amor e da beleza, que a todos seduzia, fossem deuses ou simples mortais.
Hermes
Mercúrio
Filho de Zeus e mensageiro dos deuses, dos quais era o mais esperto ou astuto. Por isso, protegia comerciantes e ladrões.
Ares
Marte
Filho de Zeus e Hera, é o deus da Guerra, considerado, por Homero, "a maldição dos mortais".
Hefesto
Vulcano
Deus do fogo, ferreiro e artesão, que fabricava os utensílios e as armas de deuses e heróis.
Héstia
Vesta
Era o símbolo do lar e foi mais cultuada pelos romanos que pelos gregos.


Teatro grego

 

                O teatro na Grécia Antiga surgiu a partir de manifestações a Dioniso, deus do vinho, da vegetação, do êxtase e das metamorfoses. Pouco a pouco, os rituais dionisíacos foram se modificando e se transformando em tragédias e comédias. Dioniso se tornou, assim, o deus do teatro.
                Atenas é considerada a terra natal do teatro antigo, e, sendo assim, também do teatro ocidental. "Fazer teatro" significava respeitar e seguir o culto a Dionisio.
O período entre os séculos 6 a.C. e 5 a.C. é conhecido como o "Século de Ouro". Foi durante esse intervalo de tempo que a cultura grega atingiu seu auge. Atenas tornou-se o centro dessas manifestações culturais e reuniu autores de toda a Grécia, cujos textos eram apresentados em festas de veneração a Dioniso. O teatro grego pode ser dividido em três partes: tragédia, comédia antiga e comédia nova.

A tragédia


                Do grego "tragoidía" ("tragos" = bode e "oidé" = canto). Canto ao bode é uma manifestação ao deus Dioniso, que se transformava em bode para fugir da perseguição da deusa Hera. Em alguns rituais se sacrificavam esses animais em homenagem ao deus.
                A tragédia apresentava como principais características o terror e a piedade que despertava no público. Para os autores clássicos, era o mais nobre dos gêneros literários.
Era constituída por cinco atos e, além dos atores, intervinha o coro, que manifestava a voz do bom senso, da harmonia, da moderação, face à exaltação dos protagonistas.
                Diferentemente do drama, na tragédia o herói sofre sem culpa. Ele teve o destino traçado e seu sofrimento é irrefutável. Por exemplo, Édipo nasce com o destino de matar o pai, Laio, e se casar com a mãe. É um dos exemplos de histórias da mitologia grega que serviram de base para o teatro.

Autores trágicos

Por se tratar de uma sociedade antiga, deve-se muito à arqueologia o resgate dessa memória. A partir de alguns registros, acredita-se que foram cerca de 150 os autores trágicos.
Os três tragediógrafos que conhecemos, Ésquilo, Sófocles e Eurípedes escreveram cerca de 300 peças, das quais apenas 10% chegaram até nós.

Ésquilo (cerca de 525 a.C. a 456 a.C.)

Considerado o fundador do gênero, sete peças suas sobreviveram à destruição do tempo: "Os Persas", "Sete contra Tebas", "As Suplicantes", "Prometeu Acorrentado", "Agamêmnon", "Coéforas" e "Eumênides".

Sófocles (496 a.C. a 406 .a.C.)

Importante tragediógrafo, também trabalhava como ator. Entre suas peças estão a trilogia "Édipo Rei", "Édipo em Colona" e "Antígona".

Eurípides (485 a.C. a 406 a.C.)

Pouco se sabe sobre sua vida. Ainda assim, é dele o maior número de peças que chegaram até nós. São 18 no total, entre elas: "Medéia", "As Bacantes", "Heracles", "Electra", "Ifigênia em Áulis" e "Orestes".

 

A comédia antiga


A origem da comédia é a mesma da tragédia: as festas ao deus Dioniso. A palavra comédia vem do grego "komoidía" ("komos" remete ao sentido de procissão).
Na Grécia havia dois tipos de procissão que eram denominadas "komoi". Numa, os jovens saiam às ruas, fantasiados de animais, batendo de porta em porta pedindo prendas, brincando com os habitantes da cidade. No segundo tipo, era celebrada a fertilidade da natureza.
              Apesar de também ser representada nas festas dionisíacas, a comédia era considerada um gênero literário menor. É que o júri que apreciava a tragédia era nobre, enquanto o da comédia era escolhido entre as pessoas da platéia.
Também a temática diferia nos dois gêneros. A tragédia contava a história de deuses e heróis. A comédia falava de homens comuns.

Aristófanes (447 a.C. a 385 a.C.)

Considerado o maior autor da comédia antiga, escreveu mais de 40 peças, das quais conhecemos apenas 11, entre elas: "Lisístrata", "As Vespas", "As Nuvens" e "Assembléia de Mulheres".

Filosofia

A filosofia é um saber específico e tem uma história que já dura mais de 2.500 anos. A filosofia nasceu na Grécia antiga - costumamos dizer - com os primeiros filósofos, chamados pré-socráticos. Mas a filosofia não é compreendida hoje apenas como um saber específico, mas também como uma atitude em relação ao conhecimento, o que faz com que seus temas, seus conceitos e suas descobertas sejam constantemente retomados.
A história da filosofia coloca em perspectiva o conhecimento filosófico e apresenta textos e autores que fundamentam nosso conhecimento até hoje. 
Alguns filósofos gregos: Sócrates, Platão e Aristóteles.