quarta-feira, 9 de outubro de 2013
Todos Juntos pela Educação!!
Vídeo feito por alunos da rede municipal, explicando os motivos da nossa greve.
PROPAGANDA DA PREFEITURA NA REDE GLOBO SOBRE O NOSSO PCCS: DIREITO DE RESPOSTA
A violência dispensada, a meritocracia, a aprovação automática, as salas
lotadas e quentes, o autoritarismo e a falta de diálogo da prefeitura já são
motivos suficientes para mantermos a nossa greve. Porém, como a Prefeitura
insiste em afirmar que as “maravilhas” do PCCS apresentado por ela, aí vão
alguns esclarecimentos:
O QUE A PREFEITURA AFIRMA
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O QUE OCORRE DE FATO
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1º) A categoria pediu a aprovação do PCCS
no prazo máximo de 30 dias e retomou a greve após 1 dia de atraso deste prazo
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1º) O prazo de 30 dias foi solicitado, mas
o plano deveria ter sido elaborado através de um GT composto por membros do
SEPE. A greve só foi retomada quando o governo Paes apresentou este PCCS.
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2º) O plano apresenta avanços para a
categoria, equiparando PI e PII com o mesmo valor hora-aula, corrigindo
“distorções históricas”.
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2º) Primeiramente, a equiparação PI e PII é
uma proposta nossa. Segundo, esta “correção” está prevista dentro de um indecoroso
prazo de 5 anos!
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3º) Quem não quiser ser PEF (professor do
ensino fundamental que leciona várias disciplinas do 1º ao 9º ano) poderá continuar como PI ou PII, lecionado apenas a sua disciplina.
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3º) Conheço vários
colegas que se viram obrigados a sair de escolas que já lecionavam
há anos
porque esta virou GEC (ginásio experimental carioca). Para ficar na
antiga escola teriam que optar, necessariamente, pela polivalência.
Os que escolheram não ficar precisaram “se virar” e procurar
outra escola que acomodasse a sua carga horária. Além deste
absurdo, pessoal, polivalência não é interdisciplinaridade, é
engodo!
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4º) O plano não obrigará que professores de
16, 22,5 e 30 horas a migrem para 40 horas
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4º) O plano exclui 93% da rede que não
possui esta carga horária. Como? O plano prevê a extinção progressiva dos
cargos PI e PII, bem como estabelece retaliações salariais a quem não optar
por esta carga horária. Sendo assim, temos escolha? Muitos profissionais
possuem mais de uma matrícula, fazem mestrado e doutorado, dão aulas em
outras escolas e em universidades e não querem ser “exclusivos” da
Prefeitura. Além disso, fizeram concurso para esta carga horária e tem
direito de nela permanecer.
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5º) De acordo com o Plano apresentado pelo
SEPE, o professor se aposentaria com 131 mil de salário.
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5º) Nossa! Seria bom se fosse verdade. Nós
merecemos, certamente. Porém, para chegar a este valor, eles fizeram o
seguinte: aplicaram o valor de 5 salários mínimos (proposta do SEPE) ao
salário de professor com nível médio 16 horas (detalhe: este cargo não existe
na Prefeitura). Feito isso, eles elevaram o salário para o correspondente a
um professor 40 horas com licenciatura plena. Não satisfeitos com esta
“matemática mágica”, eles misturaram os direitos salariais de funcionários e
professores, calcularam duplamente triênios e formação e... Pluft! 131 mil
reais e o professor pode se aposentar em algum recanto paradisíaco deste
mundo!
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6º) O plano prevê a valorização do servidor
por formação
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6º)
De acordo com o PCCS da Prefeitura um professor “qualificado"
é aquele que tem mestrado e doutorado em Educação, ou seja, àquele
professor que (como eu) optou pelo mestrado e doutorado em sua área
de formação não possui “qualificações suficientes” para ser
enquadrado por formação.
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Existem vários outros
pontos problemáticos no PCCS apresentado prefeitura, apresentei aqui apenas os
mais polêmicos.
Mas, diante do exposto,
pessoal, fica a pergunta: Se este PCCS é tão maravilhoso assim, por que não
discuti-lo com a categoria? Por que aprová-lo às pressas e sem a presença dos
profissionais da educação? Assim como muitas outras (onde está o dinheiro do
Fundeb, creio que esta pergunta Paes ainda não respondeu...
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