terça-feira, 2 de outubro de 2012

Renascimento (Estudo Dirigido)


               

      Ao final da Idade Média a Europa passa por profundas transformações. A imprensa é aperfeiçoada permitindo maior divulgação dos livros; a expansão marítima é impulsionada graças ao desenvolvimento da construção naval e à invenção da bússola.
O Renascimento Comercial diminui consideravelmente a importância da economia baseada exclusivamente na agricultura. As cidades portuárias crescem, atraindo camponeses. Criam-se novas profissões e pequenas indústrias artesanais começam a se desenvolver.
        Uma nova classe social emerge nas pequenas cidades (burgos), composta por mercadores, comerciantes e artesãos (burgueses) as quais passam a desafiar o poder dos nobres.
        O espírito medieval, baseado na hierarquia nobreza – clero – povo, começa a se desestruturar e o homem preso ao feudo e ao senhor adquire nova consciência. Diante do progresso, percebe-se como força criadora capaz de influir nos destinos da humanidade, descobrindo, conquistando e transformando o Universo.
          O homem descobre o homem. A idéia de que o destino estava traçado por forças superiores, a qual caracteriza a homem como ser passivo, vai sendo substituída pela crença de que ele é o mentor de seu próprio destino. O misticismo medieval começa a desaparecer, e o Teocentrismo (Deus no centro) cede lugar ao Antropocentrismo (homem no centro).
Ocorreram nesse período muitos progressos e incontáveis realizações no campo das artes, da literatura e das ciências, que superaram a herança clássica. O ideal do humanismo foi sem duvida o móvel desse progresso e tornou-se o próprio espírito do Renascimento.
No entanto, é importante salientar que as mudanças verificadas a partir do séc. XV não aconteceram de uma “hora para outra” e sim, lentamente. O homem moderno começava a surgir sem que eles próprios se dessem conta das mudanças que estavam promovendo. Trata-se de uma mudança de longa duração.

 - O Renascimento
Renascimento é o nome que se dá a um grande movimento de mudanças culturais, que atingiu as camadas urbanas da Europa Ocidental entre os séculos XIV e XVI, caracterizado pela retomada dos valores da cultura greco-romana, ou seja, da cultura clássica. As bases desse movimento eram proporcionadas por uma corrente filosófica reinante, o humanismo, que descartava a escolástica medieval, até então predominante, e propunha o retorno às virtudes da antiguidade. Platão, Aristóteles, Virgílio, Sêneca e outros autores greco-romanos começam a ser traduzidos e rapidamente difundidos.
Mas atenção!!! O Renascimento não era um movimento organizado! Na realidade, este momento da história só foi assim batizado por historiadores no séc. XIX.

 - Itália: o “berço” do Renascimento

Motivos:

1) Políticos: A região italiana, diferente de outros Estados que vinham se formando na Europa neste período, era dividida em cidades-estados independentes. Este fato sem dúvida, significava mais liberdade para aqueles que ali resideiam/ circulavam.

2) Econômicos: A profunda atividade comercial da região, acabava reunindo um grande número de pessoas provenientes de várias partes da Europa e do Oriente, proporcionado assim, não só uma grande circulação de mercadorias, mas também de hábitos, conhecimento e cultura.
3) Sociais: Devido ao comércio intenso na regisão, verificamos a formação de uma camada burguesa enriquecida e que necessitava de reconhecimento social. O comércio comandado pela burguesia foi responsável pelo desenvolvimento urbano, e nesse sentido, responsável por um novo modelo de vida, com novas relações sociais onde os homens encontram-se mais próximos uns dos outros. Dessa forma podemos dizer que a nova mentalidade da população urbana representa a essência dessas mudanças.

4) Culturais: A existência de diversas obras clássicas na região, assim como a influência dos "sábios bizantinos", homens oriundos principalmente de Constantinopla, conhecedores da língua grega e muitas vezes de obras clássicas.

- Características

 * Valorização da Razão
 * Antropocentrismo
 * Valorização da natureza
 * Valorização da cultura greco-romana (classicismo)
 * Observação
* Hedonismo (valorização do prazer de viver)

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A Produção Renascentista
A Renascença encontra expressão nas artes plásticas, literatura, teatro e até na ciência. Eram artistas, cientistas, historiadores e contavam até com membros da Igreja Católica. Eram protegidos pelos mecenas, homens ricos que davam as condições materiais para a produção das novas obras. O investimento do mecenas era recuperado com o prestígio social obtido, fato que contribuía com a divulgação das atividades de sua empresa ou instituição que representava. A maioria dos mecenas italianos eram elementos da burguesia, homens enriquecidos com o comércio local.
* Alguns nomes responsáveis pela divulgação das novas idéias:
Na pintura: Leonardo da Vinci (1452-1519), Rafael Sanzio (1483-1520), Michelangelo (1475-1564), Ticiano (1490-1576).
Na literatura: Farnçois Rabelais (1494-1553), Tomas Morus (1478-1535), Shakespeare (1564-1616), Camões (1524-1580), Erasmo de Roterdã (1466-1536), Miguel de Cervantes (1547-1616).
Na ciência: Da Vinci, Copérnico (1473-1543), Giordano Bruno (1548-1600), Galileu (1564-1642)


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