terça-feira, 24 de setembro de 2013

CARTA AOS PAIS E RESPONSÁVEIS DE ALUNOS DO MUNICÍPIO SOBRE A GREVE

Há 19 anos que os professores e funcionários de escolas não realizavam uma greve como esta que se encerrou no dia 10 de setembro. 
Há 5 anos, desde que o prefeito Eduardo Paes assumiu, o nosso sindicato buscava, sem sucesso, ser recebido para discutir sobre os rumos da educação pública na nossa cidade. 
Apenas com esta forte e histórica greve de 33 dias, a categoria de profissionais de educação conseguiu ser recebida em audiência para negociar com o governo, que se mostrava autoritário, arrogante e prepotente, nada preocupado com a situação da educação pública.
Foram várias audiências com o governo ao longo desses dias, com ameaças de demissão e corte de ponto, mas a categoria manteve-se firme no seu objetivo de alcançar avanços na construção de uma educação pública de qualidade para os filhos da população carioca.
A paralisação do dia 17 de setembro objetivou a apresentação do Plano de Cargos e Salários (PCCS) a categoria para ser votado na Câmara dos Vereadores. No entanto o Prefeito enviou tal plano sem a participação do SEPE descumprindo o acordo. Além disso, o plano está longe de atingir as nossas reivindicações. Esses seriam motivos mais do que justos para o nosso retorno imediato à greve, porém, em respeito aos alunos e responsáveis e, como voto de confiança ao prefeito, a assembleia decidiu manter as aulas por 48 h, a fim também de esclarecer a comunidade os motivos pelo provável retorno ao movimento.
É necessário ressaltar que a mídia (TV, rádio, jornais, etc.) não tem passado fielmente a real situação da Educação do Município do RJ, mas somente reproduzido a fala do governo, passando a imagem de que os servidores estão reclamando injustamente (“de barriga cheia”). Um exemplo disso é que o salário divulgado pela impressa corresponde a um projeto de professor, denominado Professor de Ensino Fundamental (PEF), o qual ainda não existe na rede.
Devido a tudo isso, na última 6ª feira (dia 20/09/13), os servidores municipais retornaram à greve, já que as negociações não avançaram.

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