quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Greve dos profissionais da educação da rede municipal do Rio de Janeiro (agosto-setembro/ 2013)

Na última terça-feira (10/9), os profissionais da educação da rede municipal do Rio de Janeiro decidiram retornar ao trabalho, mas mantendo o estado de greve. Isso significa que retomaremos as nossas atividades, mas ao primeiro sinal de retrocesso por parte do governo (muito comuns nestes tempos em que o legislativo e o executivo se reservam o direito de proibir o direito de manifestação e livre pensamento), a greve será reiniciada.

Nestes 33 dias de paralisação, foram muitos os desafios: ameaças e intolerância das autoridades, a invisibilidade concedida pela grande imprensa ao movimento, a relutância da sociedade em nos apoiar...Tudo isso somado assédio moral praticado por muitos diretores de escolas, a dificuldade de diálogo com alguns colegas (que por temor ou por convicção, não aderiram à greve), à miopia de alguns líderes que insistiam em considerar os "desmandos partidários" maiores do que as "demandas da categoria"... Enfim!  Muitos pensaram, até eu mesma - confesso - que o nosso movimento a qualquer momento, arrefeceria.

Porém, seja pelo "cansaço de engolir sapos" ou por um "salário como dos professores da Finlândia"  (para fazer menção aqui de alguns cartazes que pude vislumbrar nas passeatas e atos que fizemos), os educadores (ou seja, professores, merendeiras, auxiliares de creche, funcionários de administrativos e de apoio) insistiram na luta e redescobriram uma antiga lição que pareciam ter esquecido:  de que era preciso lutar. Embaixo de chuva e de sol, com máscaras do Woody Allen (sim, as máscaras também estiveram presentes em nosso movimento) ou de "cara limpa", os educadores seguiram em frente motivados por um sentimento comum: o direito à educação.

A LUTA DEVE SER CONTÍNUA E COTIDIANA. NÃO DESISTIREMOS. A NOSSA PAUTA É EXTENSA, URGENTE E SE FAZ NECESSÁRIA. 


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